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Dia do voluntariado – 6 de dezembro

 

É POSSIVEL RENASCER…

 

A Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda e o Serviço Diocesano de Pastoral Penitenciária estão a promover uma campanha conjunta, denominada “Natal na Prisão”, que pretende ser um meio de angariação de donativos, que serão oferecidos como presentes de Natal a pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos prisionais do distrito de Bragança.

Esta iniciativa consiste na recolha de meias e produtos de higiene oral, como escovas e pastas de dentes.

Mais que oferecer um presente de Natal a todos os reclusos, esta campanha tem dois grandes objetivos: sensibilizar a sociedade para esta realidade “oculta” atrás das grades e, sobretudo, sensibilizar a própria pessoa privada de liberdade de que é possível começar de novo… que a comunidade, sobretudo a comunidade cristã, é capaz do exercício da caridade em gestos de amor ao próximo, independentemente da sua condição… amor ao próximo radicado no amor de Deus.

“É muito importante sensibilizar a população, dar a conhecer…, estas campanhas estão a dar fruto e há bastante adesão”. “Nos estabelecimentos prisionais, trabalhamos no sentido de criar tempos de reflexão, promovendo alicerces para uma futura reintegração dos reclusos na comunidade, e a comunidade cristã em especial, tem que acolher”. Sandra Rodrigues, voluntária em contexto prisional.

Na elaboração dos presentes, personalizados, estarão voluntários Cáritas, portugueses e estrangeiros. Os alunos e professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica da Escola Secundária Emídio Garcia em Bragança, também se juntaram à iniciativa e estão a preparar postais de Natal personalizados, que serão ser entregues juntamente com os presentes.

“Com a preparação e entrega destes presentes, pretende-se transmitir aos reclusos a ideia de que a sociedade é capaz de gestos de perdão, pois alguém “gastou” dinheiro para oferecer um par de meias ou uma pasta de dentes”, refere Lisete Magalhães, voluntária Cáritas, acrescentando “nesta iniciativa esperamos contribuir para que o recluso oriente a sua vida, os presentes são mensagens de esperança enviadas pela sociedade”.

Celsa Garrido, estudante estrangeira e voluntária menciona “é gratificante enquanto voluntária, saber que estou a ajudar pessoas em situações “complicadas”, sejam reclusos ou outras pessoas que recorrem à Cáritas”. Adianta também “ enquanto estudante estrangeira, pertencer ao grupo de voluntários Cáritas possibilitou a minha integração na comunidade que me acolheu”.

Cada ano, as comunidades (Unidades Pastorais, estabelecimentos de ensino, IPSS) são convidadas a aderir à campanha. Este ano, o desafio foi lançado a Bragança (paróquias da Unidade Pastoral Senhora das Graças, Santuário de Nossa Senhora das Graças, Colégio do Sagrado Coração de Jesus, Colégio de S. João de Brito/Escola de Santa Clara e Escola Secundária Emídio Garcia) e Mirandela (Colégio Nossa Senhora do Amparo).